VIAJAR É PRECISO

VIAJAR É PRECISO

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio pra desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

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13 de fevereiro de 2013

Mochilão em Budapeste!

"O húngaro é a única língua que o Diabo respeita!" Essa frase era a única coisa familiar em Budapeste, frase essa tirada do livro de Chico Buarque. A cidade toda era um grande mistério para nós. Não sabíamos ao certo o que iriamos encontrar além dos cartões postais que qualquer guia de bolso traz, e além da incompreensível língua húngara. O que encontramos foi uma cidade linda, com um ar de metrópole sem perder o encanto de cidade pequena, um povo atencioso e educado, uma cidade segura e cheia de cantos para se descobrir. Uma cidade para se caminhar, tomar um bom café, bater excelentes fotos e se admirar a cada novo olhar pra os cartões postais espalhados pela cidade. 

Na busca por um hotel, ainda no Brasil, descobrimos que a cidade oferece inúmeras opções e preços. Decidimos ficar no bairro do Parlamento pois é perto do centro, do rio Danúbio e do castelo, enfim, perto de tudo. Achamos um hotel bem diferente. Ao invés de um hotel com recepção, corredor, restaurante; alugamos um apartamento duplex no interior de um dos inúmeros prédios de apartamento do fim do século XIX. Quando se entra no pátio interno do prédio parece que estamos em um filme da época da União Soviética. Mas é só a primeira impressão, pois por dentro o apartamento é novo e cheio de modernidades e praticidades. O Hotel chama-se Art Design Studio e tem sua "recepção" na rua Akademia Utica, mas os apartamentos são na Rua Nádor. A reserva pode ser feita diretamente com o Hotel com a Carlotta -uma anfitriã italiana muito simpática e prestativa- pelo e-mail (artdesignstudio@hungary.org), ou pelo site  ou pelo booking.com (http://www.booking.com/hotel/hu/art-amp-design-studio.en.html).

Rio Danúbio: Lembra daquela valsa chamada Danúbio Azul? Bem, se você quiser ver o azul do rio vai ter que ir a Viena. Em Budapeste o Danúbio é turvo. Mas isso não tira o encanto e a beleza do rio que guarda as paisagens mais bonitas e impressionantes da cidade. As várias pontes que cruzam o rio são, cada uma um monumento à engenharia e ao senso de estética do lugar.

Pontes: Não tem como não começar falando da Ponte das Correntes (Széchenyi Lánchid). Essa ponte deve o nome pelo método construtivo usado para na sua feiturafeitura (o mesmo modelo usado mais tarde na Ponte Hercílio Luz em Florianópolis). passamos muitas vezes por essa ponte e a cada vez o cenário se mostrava diferente e belo. A outra ponte icônica é a Ponte Elizabeth. Essa ponte é comtemporânea e recria os traços da primeira ponte ligando Buda a Peste, destruida na segunda guerra mundial. A ponte do mercado municipal e da termas de Gellert é uma magnífica construção em aço treliçado, chama-se Szabadság. Por fim, a ponte mais ao norte da região central passa pela ilha Margarida e chama-se Margit.

Onde estou? Como você deve saber Budapeste é a junção de duas cidades. Para não se perder vamos à aula de geografia: Buda é onde fica o monte Gellert, o castelo, a cidadela, o túnel. Obuda é abaixo das termas Gellert, nas ruínas Romanas. Peste é o centro, o mercado municipal e o parlamento, a parte comercial da cidade, com várias lojas, galerias, um centro repleto de feirinhas, lojinhas... Buda fica com a principal atração turística da cidade, o Castelo. É uma área residencial, com prédio e casas históricas. 



Castelo de Budapeste: a subida até o Castelo de Budapeste pode ser feita a pé ou com o Funicular. Recomendo o Funicular pela magnífica vista que se tem da cidade em meio minuto de subida. É claro que lá de cima também pode-se apreciar a vista, mas a inclinação (quase 45º) da subida ajuda a apreciar ainda mais. 
Geralmente as pessoas chegam e começam a apreciar o castelo e todo o entorno que se mostra, como a vila medieval de Buda. No meu caso, o piso foi o que me chamou a atenção, fiquei impressionada com o desenho das pedras e com a perfeição do encaixe.


Continuando o passeio pelo Castelo, há várias atrações por lá, e o ideal é levar um mapinha pra percorrer toda a área. Na recepção do funicular eles entregam um desses. 

Parlamento - À beira do Danúbio, no lado Pest, você verá um belo edifício neogótico do século XIX, pra mim o mais lindo cartão-postal da cidade. Sede da Assembléia Nacional, tem 691 salas, 268 metros de comprimento e uma cúpula de 96 metros de altura. É o maior edifício do país e vale uma fotografia de qualquer ângulo, principalmente do outro lado do rio, à noite. A visita pode ser feita das 8h às 18 horas (no inverno das 8 às 16 horas), mas o ideal é comprar a entrada com antecedência pois há um número máximo de visitantes por dia. Nos sábados das 8h às 16h e domingos das 8h às 14h. Os tickets podem ser comprados no Museu da Etnografia ou no site http://www.jegymester.hu/eng/PlaceInfo/480000/Parlament_blank, e tem horários específicos para a venda: Segundas das 08:00 às 11:00 horas, outros dias das 08:00 às 18:00 horas.
Os preços: 

Ticket adulto para cidadãos não europeus: 3500 HUF
Ticket adulto para cidadãos europeus: 1750 HUF
Ticket para cidadãos europeus menores de 18 anos: 875 HUF
Ticket para cidadãos não europeus menores de 18 anos: 1750 HUF 
Crianças abaixo de 6 anos: ticket livre.

As visitas guiadas podem ser feitas em vários idiomas, mas cada um deles tem horários específicos: 
 

Mercado Central - O arquiteto Gustaf Eiffel, o mesmo da torre de Paris, criou o edifício do Mercado Central de Budapeste, que fica pertinho da Chain Bridge (Széchenyi). Indico ir almoçar no mercado, passear pelas suas feirinhas e circular por esse belo exemplar arquitetônico, onde húngaros fazem suas compras de frutas, verduras, carnes, salames e condimentos. O mercado é limpo e a variedade de  pimentões (verdes, brancos, vermelhos, alaranjados, longos, curtos, redondos, pontudos doces e picantes) é fantástica. Muita páprica, inclusive algumas pequenas em saquinhos pra trazer de lembrança. No andar superior, há quiosques de artesanato com artigos de couro, bordados e bonequinhas típicas, além de alguns restaurantes de especialidades locais.

Avenida Andrassy - uma das mais belas ruas da cidade, um conjunto arquitetônico homogêneo do final do século 19 e patrimônio da Unesco. Com vilas e mansões neo renascentistas, muitas delas sedes de embaixada, a Andrassy tem jeito de Champs Elysées de Budapeste e é também a rua das grifes internacionais e das botiques de luxo. É nela também que fica a Ópera Nacional. A rua tem 2,5 km e termina na Praça dos Heróis, com seu imponente Monumento do Milênio, construído para celebrar os mil anos da pátria húngara. Nessa praça também fica o Museu de Belas Artes. Atrás da praça fica o maior parque da cidade, o Városliget (literalmente "Parque da Cidade") este sim, imperdível. No parque há também um zoológico, um parque de diversões e também a maior das termas de Budapeste, a Széchenyi.
 



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