VIAJAR É PRECISO

VIAJAR É PRECISO

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio pra desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

Translate

25 de fevereiro de 2013

Mochilão em NY!

           Nunca tive vontade de conhecer os Estados Unidos. Talvez isso tenha acontecido puramente por preconceito, por uma imagem americana construída ao longo dos anos que eu não conseguia mudar. Mas não há nada que uma passagem aérea barata não resolva, já que a ideia era ir para Amsterdam. Em uma das minhas procuras incessantes na internet por uma passagem aérea barata, achei um vôo da Delta que saía do Brasil para Amsterdam, fazendo escala nos Estados Unidos. Ida e volta com escala, foi aí que pensei: "é agora ou nunca!". Não compraria uma passagem para lá, mas se eu pudesse visitar por uns dias pra conhecer, quem sabe mudaria de opinião. Essa foi a chance. 

          Nossa ida foi por Detroit, e depois de tantos conselhos que diziam para não sairmos do aeroporto, acabamos esperando o vôo para Amsterdam lá no aeroporto mesmo. Foram algumas horas que aproveitamos pra dormir e conhecer as lojinhas do aeroporto, além de passear no trem áereo pelos terminais do aeroporto (shuttle). Não vou mentir que não seja cansativo fazer esses trajetos, já que leva quase o dobro do tempo pra chegar no destino final, Amsterdam. Mas pensei mesmo no retorno, quando pegaríamos o vôo em Amsterdam e ficaríamos 4 dias inteiros em New York, pra só depois voltarmos para o Brasil. 
Bom, se você é do tipo que gosta dos Estados Unidos por causa das compras, acho que esse post não será tão útil. Claro que procurei informações antes da viagem sobre as lojas e outlets, mas preferi deixar a viagem mais light e não focar nesse ponto. As poucas compras que fiz foram lugares que entrei sem querer, ou que parei pra olhar a vitrine. Não comprei itens de marca, mas andei pela cidade com um olhar mais sensível, pois afinal eu queria mudar um pouco a imagem anti americana que havia construído. Outro ponto importante era não ficar comparando com os lugares que eu conhecia na Europa, pois são culturas diferentes. 
          O Hotel que escolhemos fica há 2 quadras do Trump Tower: Radio City Apartments.  Na verdade é um Apart Hotel, e no quarto há uma pequena cozinha, banheiro e cama, tudo o que precisaríamos nestes 4 dias. O preço não era alto e as instalações são simples, mas confortáveis e limpas. 
Na região do hotel ficam vários pontos turísticos, os mais básicos, e dali nos deslocamos através de um shuttle (ônibus de passeio com várias paradas, você desce e depois pode pegar novamente pra ir recorrendo a cidade). Compramos através do site da empresa e não tivemos problema nenhum para pegar os bilhetes quando chegamos. 


          Ali pertinho fica a Times Square, e visitá-la à noite foi surpreendente, pois "a noite vira dia!". São tantas luzes, logos, cores e telões por toda parte. Caminhamos bastante pela cidade, descemos no Central Park, sentamos nos banquinhos do parque e tiramos fotos dos esquilos



          Em frente ao Central Park fica o Museu Solomon Guggenheim,pra mim um dos projetos mais impressionantes de Frank Lloyd Wright. A visita ao Museu é legal, mas o principal é ver a construção, de 1959, e sua rampa ao longo do prédio circular. 
             Solomon Guggenheim era um colecionador de arte e empresário, e no começo dos anos 1940, Frank Lloyd Wright é encarregado pelo empresário de projetar um museu parahospedar importantes coleções de arte contemporânea.  As ideias iniciais sempre se basearam numa espiral, nas formas orgânicas que pode ser visto nas rampas. No topo, uma ampla clarabóia ilumina todo o edifício, e serve como tema para exposições aéreas. O passeio dos visitantes se dá em torno da sua rampa, que vai dividindo as salas de acordo com cada exposição.  

          O edifício foi finalizado pouco depois da morte de Frank Lloyd, e sofreu algumas transformações com o tempo,  principalmente nas obras de reparo de 1992. A construção começou em 1956, e terminou 3 anos depois.

        Quando criticado sobre a dificuldade de expôr obras em  paredes curvas, Frank Lloyd teve uma resposta imediata: “Cortem as pinturas ao meio!”

            Outro passeio legal foi visitar a Sede da ONU. A Torre de 38 andares que acolhe a sede da ONU na parte oriental da ilha de Manhatan começou sua construção em 1947 e foi concluída em 1952. Seu projeto teve a participação de outros arquietos, como Le Corbusier, mas foi principalemtne Oscar Niemeyer que colocou seus traços modernistas no Edifício Sede da ONU.

                O sucesso do pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York, em 1939, e os elogios dos críticos determinaram, segundo Lucio Costa, o lançamento mundial de Oscar Niemeyer. Logo após a Segunda Guerra, Niemeyer já era uma figura relevante no contexto latino-americano.  Quando foi decidida a instalação da sede da ONU em Nova York, em um terreno adquirido e doado por Nelson Rockefeller, formou-se, em 1947, um comitê internacional de arquitetos de diferentes países que se interessou em convidar Niemeyer. 

          O relacionamento de Niemeyer com Le Corbusier não foi fácil. Niemeyer já não era o jovem discípulo, como no projeto para o Ministério da Educação e Saúde, no Rio. Ainda mais que Corbusier desejava obter a autoria da sede da ONU, com sua forma pura, contrário dos  arranha-céus nova-iorquinos. Mas a proposta de Le Corbusier não satisfez o comitê, e solicitaram a Niemeyer que mostrasse sua proposta. No final, juntaram as duas propostas em uma solução intermediária.






 
 


          Não deixe de visitar o Highline ParkO elevado foi construído em 1930, era um projeto que tinha como objetivo remover trens perigosos das ruas mais movimentadas do distrito industrial de Manhattan. Os trens pararam de transitar pela área em 1980. Logo em seguida, foi formado o grupo Friends of the High Line, para evitar a demolição da estrutura. Eles formaram uma parceria com a cidade de Nova York para manter o elevado como um parque público. Foi em 1999 que o Friends of the High Line interferiu na demolição, e em 2002 a cidade autorizou a reutilização do High Line e lançou um concurso para o envio de projetos de revitalização. Participaram 720 equipes de 36 países.  





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer deixar um comentário? Manda aí que responderemos em breve!