VIAJAR É PRECISO

VIAJAR É PRECISO

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio pra desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

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10 de fevereiro de 2012

Mochilão em Reims!


      A região de Champagne chama a atenção e desperta o gosto por viagens voltadas à gastronomia e, neste caso, ao champagne. Há duas cidades principais na "Route du Champagne": Reims e Epernay

   Como não dispúnhamos de muito tempo, tivemos que escolher uma cidade apenas, e Reims foi a escolha. Não sabemos bem ao certo os motivos que nos levaram a escolher Reims, mas um deles com certeza é o fato de que lá foi construída uma das mais perfeitas Catedrais Góticas, pois veio depois das Catedrais de Sens, Paris, Senlis e Chart (é a mais bonita de todas, na minha opinião), além do fato de que nesta catedral aconteceu a coroação do Rei Carlos VII, durante a Guerra com a Inglaterra, após Joana Darc auxiliá-lo a chegar lá por entre as linhas inimigas. Nesta mesma Catedral há uma estátua representando o local de onde ela assistiu a coroação. 

      Em Reims visitamos duas caves. A primeira foi a Ruinart, se não a melhor, uma das melhores caves da região. A recepção é fantástica, o grupo é pequeno e sem pressa para responder perguntas e tirar fotos. A Maison Ruinart é a mais antiga de todas as vinícolas da região. Ela possui 24 das 110 crayères (cavernas subterrâneas) da cidade. Três delas são percorridas na visita, e chegam a até 40 metros de profundidade. No fim da visita acontece a tão esperada degustação. São servidos dois excepcionais champagnes, ambos millésimes (safrados): um blanc des blancs (feito somente com a uva branca Chardonnay) e outro rosé com um corte não muito usual,  83% da Chardonnay e 17% da uva tinta Pinot Noir. As visitas são feitas com hora marcada, e podem ser reservadas através do site. Passeio exclusivo, como também o preço, 30 euros por pessoa. Mas posso dizer que valeu muito a pena, já que há outras caves que marcam vários grupos durante o dia e o passeio acaba sendo muito rápido. Foi assim na Maison Pommery, que apelidamos de "a Disneylândia do champagne". Lazers, cores, arte moderna-estranha, uma mistura de estilos que não penso terem muito a ver com o objetivo final, que é degustar com calma e, quem sabe, vender algumas garrafas de champagne aos turistas. Na Cave Ruinart não sentimos essa pressão por comprar garrafas após a degustação, o contrário aconteceu na Pommery. Enfim, vale conhecer várias caves (se você dispuser de tempo) e degustar o champagne. O legal é que as duas são vizinhas, facilitando a visita no mesmo dia. 
   Também são vizinhas Epernay e Reims. Percorrendo 29 Km (usando-se, facilmente, os trens da região), pode-se ir de uma cidade à outra. Nós preferimos ficar em Reims pra conhecer melhor a cidade e não nos arrependemos. É uma cidade agradável, pequena e facilmente percorrida a pé. Nos hospedamos em um hotel pertinho da estação de trem. Ao lado fica a Avenida Drouet d'Erlon, que tem tudo por perto. As caves são em outra área da cidade, mas chega-se facilmente lá de ônibus ou de táxi. O Hotel era muito bom, chama-se Grand Hotel De L'Univers. Ali perto encontra-se um supermercado, algumas boulangeries/patisseries super agradáveis que dá vontade de ficar o dia todo por lá. Experimente tomar o café da manhã em uma das boulangeries da Avenida, super variado. Na Paul Boulangerie  há vários tipos de chocolates e doces, além do café/iogurte/granola. Na mesma avenida também há um Pub muito legal. Não esperava encontrar um pub em Reims, e me surpreendi com o local. Chama-se The Sherlock Pub, uma analogia ao detetive inglês. 
À esquerda, cerveja no The Pub Sherlock. À direita, o café da manhã na Avenida Drouet d'Erlon 


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