VIAJAR É PRECISO

VIAJAR É PRECISO

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio pra desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

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18 de fevereiro de 2010

Mochilão por Firenze!


Firenze ou Florença! Ontem pegamos o avião para Bologna, e de lá fomos de carro até Cesena, onde estão a Aline e o Davi, amigos nossos de Floripa que estão estudando na Itália. Muuuuito legal o caminho, as auto-estradas são excepcionais, e o pedágio é engraçado, porque a gente pega o biglieto numa máquina quando entra na estrada e quando sai, paga para a máquina o proporcional a quanto se andou.
Nossa amiga portuguesa do GPS (que por sinal é fanha!) nos ajudou a chegar na casa deles tranquilamente. Cesena é bem medieval, com ruas estreitas, muito bonita. À noite fomos recepcionados com uma janta linda, com um cardapio bem italiano, tomamos vinho e fomos dormir quase duas da manhã! As 7 horas acordamos todos pra ir à Florença.... eu estava anciosa pra chegar lá, e confesso a voces que foi um dos lugares mais fascinantes que já conheci! Cheguei lá com minhas aulinhas de historia da arquitetura na cabeça (abençoado Rodolfo!), e todas aquelas construções renascentistas me deixaram empolgadíssima, tiramos mais de 400 fotos! O ponto central da viagem foi a subida no Duomo da Chiesa de Santa Maria del Fiore com sua cúpula projetada por Bruneleschi, são 463 degraus por dentro da estrutura do domo, em um corredor e escadarias apertadas e escuras, com muitas portas de madeira medievais, parecendo saídas de um lívro de Dam Brown; e a chiesa Santa Maria Novella, de Alberti.  
 Santa Maria Del Fiori e seu Duomo

Detalhe da fachada da Santa Maria 

O Campanário foi projetado por Giotto, em 1334, mas a obra só acabou em 1359. Tem 85 metros de altura (6m a menos que o Duomo). É revestido com mármore toscano branco, verde e rosa (os mármore verde e rosa são chamados mármores florentinos), assim como a própria Santa Maria Del Fiori. 


O Batistério, local onde aconteciam os batizados, tem seu teto octogonal decorado com mosaicos do séc. XIII, que mostram o Juizo final. Detalhe: Dante foi batizado neste local!
Os seus portões apresentam as idéias artísticas que levaram ao renascimento. 


O mais impressionante nesta obra é o tamanho do vão onde Bruneleschi projetou a cúpula. São 46 metros, e pra época isso foi um feito! A construção iniciou em 1420, e a solução estrutural para a cúpula foi a utilização de dois cascos que se auto sustentavam durante a construção, técnica antes utilizada no Panteão. Com um casco interior forte com camadas de tijolos em ziguezague, não utilizou andaimes durante o trabalho. A partir do primeiro, foi possível construir o segundo casco, mais leve, com 91 metros de altura, com uma forma ligeiramente ogival para não se contrapor ao estilo gótico da Catedral. A altura de 91 metros foi conseguida através das nervuras exteriores e correntes escondidas na estrutura.


A Galeria Uffizi foi cons truída em 1560 para abrigar os escritórios da nova administração do Duque Cosimo I. No piso superior, o arquiteto Vasari utilizou estruturas de ferro para construir uma parede de vidro contínua. Seu herdeiros utilizaram esta parede para exibir as joias da fmilia. No último andar há um acervo de arte, Há esculturas gregas e romanas, e a maior parte das obras famosas estão nas salas 7 a 18. Lá podem ser vistas obras como O Nascimento de Vênus (Botticelli) e Sagrada família (Michelangelo).  



Em frente a Galeria Uffizi estão  David e Netuno, de Michelangelo (réplicas, porque os verdadeiros estão na Galeria Uffizi. 
Netuno, na Piazza Della Signoria




Fomos na Ponte Vecchio, com o corredor Vazariano, que foi construido para que os Medici pudessem atravessar do castelo até a Galeria Uffizi sem precisar passar pelo povo que trabalhava na ponte (alguma semelhança com os políticos dos dias de hoje??). Na época, a família Manneli recusou-se a demolir uma torre para dar lugar à obra, por isso o corredor passa em volta dessa torre. A maioria dessas famílias eram de açougueiros, curtidores e ferreiros, mas hoje a maior parte das lojas são joalherias. 
A Ponte Vecchio e o corredor alterado

Aline e eu babando nas vitrines


À noite voltamos para Cesena, mas antes passamos por um outlet em Barberino, perto de Bologna. Adoramos essa estada na casa da Aline e do Davi, eles foram muito amáveis e ficamos felizes com a companhia dos dois no passeio de Florença. Pena termos que ir embora amanhã!! 

Igreja de Cesena

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