VIAJAR É PRECISO

VIAJAR É PRECISO

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio pra desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores ou doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver."

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1 de fevereiro de 2008

Mochilão por Paris e Versailles!




  Paris, além de ser a cidade luz, é a cidade que mais me inspira. É aqui que vejo tantos cafés (e eu AMO cafés), floriculturas, lojas de chapéus, tudo arrumado com tanto cuidado que às vezes vale até entrar pra apreciar e ir embora. Dessa vez pude visitar, com sobra de tempo, a catedral de Notre Dame, uma das mais antigas catedrais góticas, e que tornou-se o modelo ideal de catedral gótica para a época.


Também fomos visitar o Palácio de Versailles, que em 1661 foi adotado como residência real e sede da corte. Lá chegaram a morar 20.000 pessoas, e a queda da monarquia francesa ocorreu lá, com a invasão do palácio em 1789. Tem 402 metros de comprimento (fachada) e seus jardins são enormes e muito bonitos. Louis Le Vau foi o primeiro arquiteto que começou a construção do edifício ao lado do já existente (que era usado como cabana de caça). Le Vau não conclui as obras. Após sua morte, Jules Hardouin-Mansart tornou-se, em 1678, o arquiteto responsável por dar continuidade ao projeto de expansão do palácio. O responsável pelos jardins foi o paisagista Le Nôtre. Após a queda da monarquia, os moradores da vila de Versalhes se manifestaram favoráveis à sua conservação, pois poderia ser fonte de lucros para a comunidade, além de reconhecerem que apesar de sua ligação com o Antigo Regime, ainda assim era um monumento às artes e à cultura da França. Lá foi assinado o Tratado de Versailles, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial. 


Falar de Paris é difícil, pois são muitos lugares imperdíveis! 

Paris nasceu na Île de la Cité, uma ilha no meio do Rio Sena onde está a Catedral de Notre-Dame. Quase todos os pontos turísticos principais estão dentro de uma radial em volta da cidade, exceto a região de La Defense. 
 
Metrô:

Andar por Paris está diretamente ligado ao seu metrô, já que os nomes das estações indicam facilmente onde fica cada lugar. Qualquer hotel ou atração indicará a estação mais próxima, basta você pegar um Carte (mapa do metrô) e guiar-se por ele. Nem primeiro momento parece impossível, pois são muitas linhas, mas aos poucos você entenderá e sair e entrar do metrô será divertidíssimo! Sem falar de como são algumas estações de metrô da cidade!
A estação Louvre-Rivoli é linda! Compre um carnê com 10 tickets, sai mais barato. 
A estação Gare du Nord é de onde saem os trens para o norte da França e lugares como Bruxelas, Londres (via Eurotunnel), Amsterdam, cidades da Alemanha (Colonia, Hamburgo, Berlim) e para Copenhagen. 
A estação Gare de l'Est e seus trens partem para o leste do país, regiões de Champagne (reims), Alsácia (Estrasburgo) e Lorena (Nancy), e também para a Suíça,  Áustria, Luxemburgo e outras partes da Alemanha. 
A estação Gare d'Austerlitz tem trens que seguem para o Vale do Loire (Orleans, Blois), algumas regiões de Bordeaux, para a espanha e Portugal.
Na estação Gare de Lyon há trens que partem para o interior do país (Côte d'Azur, Nice, Marselha, Grenoble), Suíça e Itália. 
A estação Gare de Montparnasse é a mais moderna e atende o oeste e sudoeste francês, além da espanha. 

Os ônibus da Eurolines chegam a Paris principalmente pela estação Porte de Bagnolet (metrô Gallieni). Confirme antes, pois há variações!

Paris é difivida em 2m arrondisements, que são as regiões da cidade. Quanto amis ao meio, mais turística. As regiões periféricas são mais baratas, porém é preciso fazer uma pequena viagem para chegar até o centro turístico.
 

Comer na França, especialmente em Paris, é muito bom! Mesmo que você se resuma a uma baguet, um crêpe, ou um panini. Há também a opção menos regional dos restaurantes chineses por toda a cidade, especialmente perto da Bastille, que você pode pedir por um brochette (espetinho de frango ou carne de porco). Nessas ruas há também restaurantes de comida árabe e asiática.  
Se você prefere ir a restaurantes locais, quase sempre há a opção Plate du jour, que serve uma pequena entrada (pequena mesmo!), o prato principal e uma bebida (ou um cafézinho). Lembro que em uma delas comi uma pequena entrada, um quichê delicioso com um cafezinho no final (aliás, o pior café que já tomei na vida!), por €8. 

Aeroportos:
O princial aeroporto de Paris fica em Roissy, ao norte da cidade (Aéroport Charles de Gaulle) e o Aeroporto de Orly (ao sul). 
Há também o Aeroporto de Beauvais, uma cidade que fica a 85 Km de Paris, com companhias low-costs como Ryanair (ver mais em Transporte e Alimentação). 

Paris é fácil de conhecer. A cidade é grande, mas conta com uma malha de transporte eficiente e fácil. As linhas de metrô são um emaranhado, se comparadas às brasileiras, mas é fácil pegar o jeito depois de alguns passeios.

A cidade tem marcos por toda parte. Em cada canto, você se depara com vários pontos turisticos que são a referência pra se achar pela cidade.

Paris não é a França, mas vale a pena conhecer. A cidade é realmente linda, porém a França é um pouco diferente, a começar pelos próprios moradores. Senti muita diferença no tratamento e na cordialidade quando fui para o interior da França. O parisiense não em paciência, não faz questão de ser cordial e parece querer mostrar o tempo todo que você não é bem vindo. Uma pena, ainda mais na cidade mais visitada do mundo! Mesmo assim, estive em Paris duas vezes e procurei relevar as grosserias e aproveitar as belas paisagens da cidade.
  
Atrações:
Muuuuitas! Dias e mais dias são necessários para conhecer a cidade, mas se você tiver 2 ou 3 dias, vá aos principais lugares. 
Os locais são quase sempre idicados de acordo com o seu Arrondissement, e do Arco do Triunfo partem a maior parte da avenidas. 

Espaço Pompidou 
Fundado em 1977 e projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, O Centro Georges Pompidou (Centre national d'art et de culture Georges-Pompidou) abriga um museu, uma biblioteca, teatros, entre outros equipamentos culturais, tornando-se referência para franceses. O edifício é um dos principais exemplos da arquitetura high-tech da década de 70, com caráter industrial evidenciando as novas novas tecnologias, transformando-as em objetos estéticos. Isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes (dutos de ar condicionado e outros serviços), nas escadas rolantes externas e no sistema estrutural em aço por sua semelhança aos sistemas industriais. A idéia é transformar-se na "Indústria do saber".
 
No alto do Centro Pompidou, há um restaurante

Musée du Louvre- Palais du Louvre:Metrô 1 e 7, desça na estação Palais Royal. Enorme, por isso reserve um bom tempo para a visitação. Selecione algumas áreas do seu interesse (arte européia, antiguidades egípcias, romanas, gregas, e claro, a Monalisa e a Vênus de Milo.
A asa norte do complexo abriga o museu de artes decorativas e o museu da moda e do tecido. O ticket é válido para o dia todo, assim pode-se sair, dar uma volta, e retornar depois. 

Cathédrale de Notre-Dame: Metrô 4 até a estação Cité. Fica na ilha de la Cité. Lá pode ser vista a estátua de Carlos Magno e Joana D'arc. O que vale aqui é caminhar e apreciar, e se possível, peça pelo guia eletrônico em espanhol na entrada. Sua construção começou em 1163 e terminou em 1345. Lá Napoleão foi coroado em 1804. 
Sobre as catedrais góticas, a planta básica era pouco diferente das encontradas em catedrais de períodos anteriores. Na forma de uma cruz, a catedral se dividia basicamente em nave, transeptos, e coro. Na parte inferior da cruz se situava a nave central circundada por naves laterais, na faixa horizontal existiam os transeptos e o cruzeiro, e na base da nave tinha-se a fachada principal; existiam ainda torres, porém de localização variada.
Foi na Notre Dame onde ocorreu a beatificação de Joana d’Arc, em 1909.
 


Place de la Concorde: Metrô Concorde. Fatos importantes da história francesa aconteceram aqui. Era onde ficava a guilhotina que decaptou mais de 1500 pessoas, como o Rei luís XVI e Maria Antonieta. O Obelisco de Luxor marca esse local, e foi presente dos egípcios para os franceses. Está alinhado com o Arco do Triunfo e com o Arco de La Défense. 

Pompidou: Centro Cultural Georges Pompidou, peque o metrô e desça na estação Hotel de Ville. O prédio projetado por Renzo Piano é o primeiro motivo pra você visitá-lo, uma estrutura metálica com todas as vigas e tubulações expostas, parecendo uma fábrica (dizem que a idéia era justamente ser entendida como a fábrica do saber). No piso inferior fica a biblioteca e as salas de exposições e cinemas. No 3º e 4º andar fica o acervo de arte moderna e contemporânea. Vale apenas entrar e apreciar o ambiente, com estudantes por todo lado. 

Basilique du Sacré-Coeur: Metrô 12, desça na estação Abesses. Sua construção foi iniciada em 1876 e concluída em 1919. O melhor de tudo é onde ela se situa, num ponto alto de Montmartre, com vista para a cidade. O estilo foi inspirado em modelos como Santa Sofia, em Constantinopla, São Marcos em Veneza ou em Ravenna (romano-bizantino).  

Musée D'Orsay: Criado onde havia uma antiga estação de trem, coleciona obras principalmente do século XIX. Há objetos de arte, fotografias e móveis, opbras de Claude Monet e Renoir. Não deixe de visitar o último andar para apreciar a vista da cidade. 

Hotel des Invalides: Metrô 8, estação Latour. Trata-se ude um hospital do século XVII, construído por Luis XIV, o Rei Sol, para veteranos e inválidos de guerra. O Musée de l'Ordre de la Libération faz homenagem aos que lutaram na Segunda Guerra, liderados por Charles de Gaulle.  Do lado oposto, a Église du Dôme com sua cúpula dourada e o túmulo com os restos mortais de Napoleão (fantástico!). 


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