Barcelona tem tantas coisas para se fazer que é difícil saber quantos dias são necessários para aproveitar a cidade. Assim como Paris, é uma cidade que te dá vontade de voltar, porque sempre vai faltar algum ponto ou algum detalhe que a gente deveria ter visitado.
Ficamos hospedados próximo da Praça da Cataluña, na rambla. Andar pela
rambla é um programa que não pode faltar na viagem! Há várias barraquinhas vendendo de tudo um pouco, mas principalmente torrones. De vários sabores, são incríveis!
Descendo a rambla, à esquerda fica o
Bairro Gótico. Esse bairro é ideal pra você se perder por suas vielas medievais e encontrar sempre uma grata surpresa, seja uma loja de antiguidades, de arte, ou bons restaurantes e bares. Lá, encontramos uma pizzaria que vendia pedaços generosos e saborosos de pizza por 2,95 euros. E de quebra, tomamos sangria, a deles foi uma das melhores de Barcelona! Chama-se
Pizzaria e Focacceria Toscana, na Calle de Ferran, perto da Praça de San Jaume.
Além dessa, há uma loja com tudo que você possa imaginar de criativo, desde cartões postais em 3D até relógios e caixas de músicas super diferentes! É a
Art Montfalcon, que fica na Calle Boters, 4.
A
Praça da Cataluña tem lindos chafarizes, é um local muito bonito e agradável para passear. Essa praça é ladeada por grandes redes de lojas como
H&M e
El Cort Ingles. Descendo a Rambla, em direção ao mar, chega-se ao
Monumento a Cristóvão Colombo, onde há uma grande coluna com sua estátua ao alto, apontando para a América. É possível subir de elevador até o alto.
A partir dali, começa o Port Vell, um antigo porto que foi remodelado para a Olimpíada de 92 e sua revitalização deu novos ares ao local, muito bonito para tirar fotos e caminhar até o
Shopping Mare Magnum. Nesse Shopping, você pode fazer um programa legal: disputar uma das mesinhas com poltronas do Starbucks, de frente para a baía, com vista para o Montjuic e o World Trade Center de Barcelona. Repare nas bóias com desenhos humanos, bem original!
No
Port Vell há também uma caravela de 1492 que é a réplica da primeira que deu a volta ao mundo. No Port Vell e na Praça da Cataluña se pode alugar bicicletas para andar por Barcelona. Informe-se no
www.barcelonarentabike.com.
E o
Montjuic!?!?! Lindo, de lá pode-se ver toda Barcelona. Na subida, mesmo de teleférico, há estações que se pode parat e caminhar em volta, há parques e inclusive um restaurante panorâmico. A Fortaleza no alto da montanha é enorme, e de lá se vê o horizonte com algumas vistas lindas da cidade. No Montjuic há também o complexo da Olimpíada de 92, que pode ser visitado.
Para sair do Montjuic, há um ônibus que desce até a Praça da Espanha, onde há duas colunas que marcam a sua entrada. De lá, subindo a colina, chega-se no
Pavilhão Barcelona, de Mies Van der Rohe. Construído para a exposição de 1929, em aço, vidro e mármore, revolucionou todas as regras da arquitetura, sendo um ícone da arquitetura moderna. Foi demolido no final da exposição e reconstruído por admiradores na década de 80. Mies o projetou 1 ano antes de assumir a direção da Bauhaus, e esse foi o auge da sua carreira. Na sala principal, Mies negou-se a colocar a bandeira alemã para receber o kaiser. Forçado, usou a própria edificação para representá-la, através da parede em mármore amarelado, o tapete preto e as cortinas vermelhas. Nesse ambiente encontra-se a famosa cadeira Barcelona, projetada por ele.
Além da Sagrada Família, é possível visitar o edifício de apartamentos La Pedrera (Casa Milá), também projetado por Gaudí. Foi terminado em 1912, e fica no Passeig de Grácia, bairro Eixample. É considerado um projeto inovador da época, com estrutura em aço e paredes curvas. É considerado patrimônio da UNESCO. O átrio pode ser visitado e lá pode-se encontrar alguns materiais e ideias da obra de Gaudí.
O Passeig de Grácia é rico em arquitetura. A Manzana de la Discordia é uma quadra onde encontram-se três construções de famosos arquitetos: Casa Lléo Morera, de Domènech i Montaner, Casa Amatller, de Josep Puig i Cadafalch, e a Casa Batlò, de Gaudí. Na mitologia grega, o pomo da discórdia lançado a deusas do Olimpo foi o catalisador da guerra de Tróia. Como manzana em espanhol significa também quarteirão, um irônico trocadilho foi cunhado para celebrar uma das mais curiosas batalhas veladas de Barcelona, eternizada nessa série de casas geminadas. A vaidade dos três arquitetos – e dos donos dos imóveis, é claro –, resultou em três edifícios de estilos completamente distintos. A Casa Lléo Morera é a mais sóbria, a Casa Batlò foi uma homenagemd e Gaudí a São Jorge e o Dragão, a Casa Amatler é quase uma homenagem à profissão da família que encomendou o projeto: mestres chocolateiros
Lléo Morera
Casa Amatler
Casa Batlò
Outra construção explêndida e que vale a pena o trabaho para visitar (digo trabalho pois ela fica um pouco escondida e poucas pessoas sabem informar o local) é o Palau de la Musica Catalana, de Lluís Domènech i Montaner (o mesmo arquiteto da Casa Lléo Morera) . Também patrimônio da Unesco, tem visitas para arquitetos guiadas, mas que devem ter agendamento com no mínimo 1 dia de antecedência. O agendamento pode ser feito pelo site, neste endereço:
http://wwww.palaumusica.org/VisitesGuiadas_es/seccion=240&idioma=es_ES.do
Trata-se de outra pérola modernista catalã, construída entre 1905 e 1908. A agenda de eventos pode ser consultada no site
A Barceloneta é uma região muito bonita da cidade. Fica na Ciutat Vella, um bairro que surgiu para acomodar as pessoas que viviam em La Ribera, quando perderam suas casas em virtude da construção do bairro Cidadela. Após alguns anos, a região tornou-se marginalizada, e em 1992 houve uma grande revitalização de várias áreas da cidade, incluindo a Ciutat Vella. A praia de Barceloneta ganhou novos ares, e hoje é um dos pontos mais visitados por turistas. Para chegar até lá, pegue o metrô sentido Barceloneta ou Ciutadella/ Vila Olímpica.
Um dos pontos de maior polêmica tem sido o Hotel Vela, construído na beira da praia, que lembra muito as construções de Dubai. Construído pelo arquiteto catalão Ricaerdo Boffil, foi inspirado no formato de uma vela. O Hotel é considerado de luxo e tem quase 500 quartos.
Hotel Vela
O Parque Guell, também de Gaudí, foi também encomendado por Eusebi Guell para abrigar casas de luxo na região. Construído entre 1900 e 1914, fevido ao fracasso comercial, foi vendido ao município em 1922, e em 1926 tornou-se um parque público. o parque há uma casa onde Gaudí morou durante quase vinte anos, e hoje funciona a Casa-Museu Gaudí, cujo acervo inclui alguns de seus objetos pessoais. O auge da sua arquitetura baseada nas formas orgânicas pode ser visto ali. Em 1969, o Parque Güell foi nomeado Monumento Histórico Artístico de Espanha, e em 1984 foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Um dos pontos mais interessantes do parque é a Sala Hipostila, com 86 colunas dóricas de 6 metros de altura e construídas com entulho e argamassa imitando mármore. Ao lado das colunas, no teto, há ainda pequenos relevos em forma de gota. Nos espaços vagos deixados no teto pelas colunas, encontram-se quatro grandes rosetas coloridas com quase 3 metros de diâmetro representando o Sol durante as quatro estações do ano, rodeadas por 14 menores com desenhos espirais, representando estrelas ou luas.
Em cima da Sala Hipostila fica a imensa praça aberta não pavimentada de forma oval, conhecida como o Teatro Grego. Nas suas laterais, Gaudí desenhou bancadas portáteis em ferro e madeira, com desenhos em mosaico, em curva, na parte externa.
Viadutos e Pórticos estão também no parque, e um dos mais interessantes é o Pórtico da Lavadeira, cujas paredes e teto têm o formato do interior de uma interminável onda em arrebentação.
Para chegar ao Parque Guell, pegue a linha 3 do metrô.